Decifrar o código genético sempre foi o sonho de todo cientista, em meados de 2000 isso foi possível. Com esse mapeamento genético, veio também a dúvida de como o ser humano, com essa descoberta, poderia interferir agora no código da vida, ou seja, "teoricamente", nós podemos mudar uma pessoa antes de nascer, modificando o futuro. Essa modificação é claro, para o bem das pessoas, no qual um médico, sabendo o mapa genético de um bebê em gestação, poderia diagnosticar um problema e eliminá-lo imediatamente. Mas profundamente, antes de um bebê ser concebido; como no filme Gattaca, poderia escolher suas características e, claro, retirar qualquer resquício de uma possível doença, como as hereditárias, que este bebê viria a ter. Mas como se pode perceber, isso quebra totalmente o código da vida.
Cientistas, como Francis Collins, descobriram que o ser humano possui cerca de 30 mil genes ativos, ao contrário do que muitos pensavam, o que significa que estes são muito mais complexos do que se imaginava.
Mais complexos que os genes são as proteínas que estes criam, pois o grande e complexo mistério a ser desvendado é o que leva os genes a formar determinada proteína com certa forma para cada função, é a estrutura, a forma da proteína que vai determinar sua função ou sua disfunção se mal formada. Como por exemplo, temos um bebê com fibrose cística, que se deu exatamente pela má formação da proteína que iria desempenhar a função de transporte de certas substâncias. "O gene responsável pela doença foi localizado no cromossomo sete, possui vinte e sete exons, e é denominado CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator Gene). O defeito básico está associado com a diminuição da condução de íons Cloro - através da membrana apical de células epiliais", isso faz com que o pulmão fique viscoso e espesso, impedindo a boa respiração. A maior curiosidade a respeito dessa doença foi que ela geralmente se manifesta em crianças, mas para a surpresa dos médicos, a doença se manifestou em uma mulher, não apresentando nenhum sintoma desta quando criança, mas o que tem no corpo dessa mulher que não tem nos outros para a doença não se manifestar?
Então a dúvida é: O que fez com o que essa proteína fosse um pouco diferente das outras? (às vezes um detalhe na estrutura), esse é o maior trabalho do cientista, pois é, como um quebra - cabeças gigante, no qual as peças não se encaixam (por enquanto).
Mais instigantes que os genes, são as proteínas que eles produzem, e nós sendo feitos inteiramente de proteínas, um dia quem sabe desvendaremos todos nossos mistérios.